RELEASE
O
projeto “Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” no
ano de 2020 - Celebrando os 125 anos de Jorge de Lima, nascido em 23 de abril
de 1895
assista ao vídeo da peça no nosso canal do Youtube link abaixo:
https://youtu.be/aUWJXtzO1qs
Contextualizando
Jorge
Mateus de Lima – Jorge de Lima, nasceu no ano de 1895, em União dos Palmares
(AL). Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Com apenas 15 anos,
matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador, e,
concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano, estreia na
literatura com o livro de características parnasianas “XIV Alexandrinos”.
Já
formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua em cargos
políticos e como professor. Jorge de Lima destacou-se também nas artes
plásticas, mas é na literatura que é reconhecido como o “Príncipe dos poetas”
através de um concurso literário promovido por um jornal de Maceió, chamado
Correio da Tarde.
Muda-se
definitivamente para o Rio de Janeiro por motivo de um atentado sofrido na
porta do Liceu Alagoano, em 1931. No Rio trabalhou no Ministério da Educação e
recebeu premiações, foi professor de literatura na Universidade do Brasil e
vereador da Câmara.
Após
seu primeiro livro, o autor aproxima-se mais da estética de sua época, o
Modernismo. Em contato com outros autores regionalistas da época, inicia a
produção de poemas em versos brancos e livres em contraposição à rigorosidade
estética do Parnasianismo.
O
contexto regionalista voltado à região do nordeste passa a ser tema das obras
do escritor. Não só pela posição geográfica deste local, mas pelos problemas
advindos deste fato, refletidos na paisagem e na figura das personagens.
Logo
após essa fase regionalista, Jorge de Lima volta-se à poesia cristã e,
juntamente com Murilo Mendes, escreve um livro cujo lema era a restauração da
poesia em Cristo, chamado Tempo e eternidade. Além deste, há outros com
a mesma temática: Túnica inconsútil e Anunciação e encontro de
Mira-Celi.
Em
sua obra Livro de sonetos retoma as rimas e métricas em alternância com
os versos livres e brancos e mostra novamente sua vertente social com a
temática do nordestino e do negro, esta última muito bem retratada em seu
famoso poema “Essa negra Fulô”.
Outra
obra que merece destaque é a Invenção de Orpheu, a qual se distingue
pela mesclagem entre métrica e versos brancos.
O livro “Poemas negros”, de
1947, com ilustração de Lasar Segall, reúne dezesseis poemas de Jorge de Lima,
já editados em livros anteriores e 23 novos poemas, apresentados através de
Deuses africanos, uma espécie de história do Negro no Brasil, completando 70
anos em 2017.
“Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia”
O espetáculo poético musical “Chico
de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia”, adaptação de Chico de Assis, encenação de Marco Antonio de Campos em
2020 com participação do Grupo Colibri da Serra, contemplado com o
prêmio Eric Valdo, edital da Secult AL com recursos da Lei Aldir Blanc, é a terceira
montagem com o ator realizada pela Invisível Companhia de Teatro e produzidos
pela Patacuri – Cultura e Formação AfroAmérindia.
A primeira foi “Graciliano um alagoano brasileiro – memorias de
Heloisa” adaptação de Paulo Poeta e Chico de Assis em 2014, depois “Volta
à Seca” de Maurício Melo Jr – 2016 contemplada com os prêmios Eris Maximiano
da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió e prêmio de Incentivo à
Produção Teatral.
Está
em processo de finalização a quarta montagem, o espetáculo “Zumba, um mestre
quilombola” texto de Chico de Assis, sobre o artista plástico negro nascido
no quilombo de Santa Luzia do Norte, José Zumba, previsto para estrear em
setembro de 2022 todos com direção e encenação de Marco Antonio de Campos.
O
ator Chico de Assis está celebrando 45 anos de carreira artística tendo passado
pelo cinema, novelas e minisséries na TV Globo, comandado um programa de
entrevistas na TV Assembleia de Alagoas, e trabalhado em Portugal para TV e
cinema.
O
espetáculo narra parte da biografia, curiosidades, experimentos com outras
linguagens artistas como a escultura, pintura e fotomontagem, a relação do
poeta Jorge de Lima, com figuras como Lasar Segall, Mario de Andrade, Murilo Mendes, José Lins do Rego,
Raquel de Queiroz
e Graciliano Ramos, e, com o movimento Modernista que
completou 100 da Semana de 22.
"Jorge
de Lima é um mundo de contradições por explicar e de dificuldades por
resolver" afirma Mario de Andrade em 1939, constatando, a complexa
personalidade do chamado "príncipe dos poetas alagoanos".
A
montagem explora a sonoridade das palavras utilizadas por Jorge de Lima em sua
vasta obra e busca o aproximar do público alagoano e dos países que falam português
já que o espetáculo pretende viajar por diversos países de língua portuguesa.
Elenco
Chico de
Assis
Participação
Especial
Dançarina
e coreografa - Nany Moreno
Cantor - Igbonan
Rocha
Maestro -
Wilson Santos
Ficha Técnica
Adaptação
- Chico de Assis
Encenação
– Marco Antonio Campos
Customização
– Arnaldo Ferju
Design
Gráfico – Erick Silva
Cenotécnico
- Erick Silva
Figurinos
e Cenografia – Marco Antonio Campos
Projeto -
Invisível Companhia de Teatro
Produção
– Patacuri – Cultura e Formação AfroAmeríndia