terça-feira, 11 de junho de 2024

Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia”

RELEASE

 

O projeto “Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia” no ano de 2020 - Celebrando os 125 anos de Jorge de Lima, nascido em 23 de abril de 1895


assista ao vídeo da peça no nosso canal do Youtube link abaixo:

https://youtu.be/aUWJXtzO1qs

 

Contextualizando

 

Jorge Mateus de Lima – Jorge de Lima, nasceu no ano de 1895, em União dos Palmares (AL). Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Com apenas 15 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador, e, concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano, estreia na literatura com o livro de características parnasianas “XIV Alexandrinos”.

 

Já formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua em cargos políticos e como professor. Jorge de Lima destacou-se também nas artes plásticas, mas é na literatura que é reconhecido como o “Príncipe dos poetas” através de um concurso literário promovido por um jornal de Maceió, chamado Correio da Tarde.

 

Muda-se definitivamente para o Rio de Janeiro por motivo de um atentado sofrido na porta do Liceu Alagoano, em 1931. No Rio trabalhou no Ministério da Educação e recebeu premiações, foi professor de literatura na Universidade do Brasil e vereador da Câmara.

 

Após seu primeiro livro, o autor aproxima-se mais da estética de sua época, o Modernismo. Em contato com outros autores regionalistas da época, inicia a produção de poemas em versos brancos e livres em contraposição à rigorosidade estética do Parnasianismo.

 

O contexto regionalista voltado à região do nordeste passa a ser tema das obras do escritor. Não só pela posição geográfica deste local, mas pelos problemas advindos deste fato, refletidos na paisagem e na figura das personagens.

 

Logo após essa fase regionalista, Jorge de Lima volta-se à poesia cristã e, juntamente com Murilo Mendes, escreve um livro cujo lema era a restauração da poesia em Cristo, chamado Tempo e eternidade. Além deste, há outros com a mesma temática: Túnica inconsútil e Anunciação e encontro de Mira-Celi.

 

Em sua obra Livro de sonetos retoma as rimas e métricas em alternância com os versos livres e brancos e mostra novamente sua vertente social com a temática do nordestino e do negro, esta última muito bem retratada em seu famoso poema “Essa negra Fulô”.

 

Outra obra que merece destaque é a Invenção de Orpheu, a qual se distingue pela mesclagem entre métrica e versos brancos.

 

O livro “Poemas negros”, de 1947, com ilustração de Lasar Segall, reúne dezesseis poemas de Jorge de Lima, já editados em livros anteriores e 23 novos poemas, apresentados através de Deuses africanos, uma espécie de história do Negro no Brasil, completando 70 anos em 2017.

 

“Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia”

O espetáculo poético musical Chico de Assis conta Jorge de Lima e a Invenção da Poesia, adaptação de Chico de Assis, encenação de Marco Antonio de Campos em 2020 com participação do Grupo Colibri da Serra, contemplado com o prêmio Eric Valdo, edital da Secult AL com recursos da Lei Aldir Blanc, é a terceira montagem com o ator realizada pela Invisível Companhia de Teatro e produzidos pela Patacuri – Cultura e Formação AfroAmérindia.

A primeira foi “Graciliano um alagoano brasileiro – memorias de Heloisa” adaptação de Paulo Poeta e Chico de Assis em 2014, depois “Volta à Seca” de Maurício Melo Jr – 2016 contemplada com os prêmios Eris Maximiano da Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió e prêmio de Incentivo à Produção Teatral.

Está em processo de finalização a quarta montagem, o espetáculo “Zumba, um mestre quilombola” texto de Chico de Assis, sobre o artista plástico negro nascido no quilombo de Santa Luzia do Norte, José Zumba, previsto para estrear em setembro de 2022 todos com direção e encenação de Marco Antonio de Campos.

O ator Chico de Assis está celebrando 45 anos de carreira artística tendo passado pelo cinema, novelas e minisséries na TV Globo, comandado um programa de entrevistas na TV Assembleia de Alagoas, e trabalhado em Portugal para TV e cinema.

O espetáculo narra parte da biografia, curiosidades, experimentos com outras linguagens artistas como a escultura, pintura e fotomontagem, a relação do poeta Jorge de Lima, com figuras como Lasar Segall, Mario de Andrade, Murilo Mendes, José Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, e, com o movimento Modernista que completou 100 da Semana de 22.

"Jorge de Lima é um mundo de contradições por explicar e de dificuldades por resolver" afirma Mario de Andrade em 1939, constatando, a complexa personalidade do chamado "príncipe dos poetas alagoanos".

A montagem explora a sonoridade das palavras utilizadas por Jorge de Lima em sua vasta obra e busca o aproximar do público alagoano e dos países que falam português já que o espetáculo pretende viajar por diversos países de língua portuguesa.

 

Elenco

Chico de Assis

 

Participação Especial

Dançarina e coreografa - Nany Moreno

Cantor - Igbonan Rocha

Maestro - Wilson Santos

 

Ficha Técnica

Adaptação - Chico de Assis

Encenação – Marco Antonio Campos

Customização – Arnaldo Ferju

Design Gráfico – Erick Silva

Cenotécnico - Erick Silva

Figurinos e Cenografia – Marco Antonio Campos

Projeto - Invisível Companhia de Teatro

 

Produção – Patacuri – Cultura e Formação AfroAmeríndia


 

João das Alagoas


 Reconhecido como um dos maiores escultores do país, João das Alagoas é dono de uma técnica muito própria. Recriou o bumba-meu-boi. Borda no barro grandes bois cobertos com mantos em alto e baixo relevo. Marcas do Brasil que modela nas superfícies do barro bruto e imprimem histórias do povo, das brincadeiras de rua, casamentos, batizados, tradições e folclore nordestino.

Mestre da cerâmica, João dá vida ao barro retirado do quintal, duro como pedra que quebra em pedaços menores e passa em uma peneira bem fina. Há que se preparar uma “mistura” do barro mais “forte” e “fraco”. Daí tem que deixar ele secar. Pra ele curar. Do contrário pode rachar depois de pronto, se restar alguma impureza. João modela a peça, e deixa secar (o que pode levar de uma semana até dois meses). “Tem que sair todo o excesso de água, toda a umidade da peça”. A queima é a parte mais difícil, a arte final. “Ele (o barro) quer lentidão”. A queima começa às 18h e vai até 6h mas o ideal seriam três dias. O mestre explica que a queima é uma ciência complicada, requer muito estudo, muito tempo. E cita artistas que passam uma semana na etapa de queima do barro, como Antonio Poteiro (escultor, ceramista e pintor português). Hoje João arrisca suas peças. Obras prontas, que ele antecipa a queima, as vezes são perdidas.

Homem de sensibilidade apurada, nunca teve um mestre, é artista autodidata. “Meu mestre foi o erro e o acerto”. A queima aprendeu com uma senhora da cidade que lhe queimava umas pecinhas. Seguiu fazendo experiências, mistura de barros, de queima. Sempre se interessou por arte. Com cinco, seis anos João já desenhava. Queria ser pintor. Na década de 80 já pintava quadros e certo dia foi convidado para a primeira exposição, organizada por Zé Cordeiro, grande pintor de arte popular. Era 1987. Foi quando Zé o batizou “João das Alagoas”. Nem lembra mais como foi a transição da pintura para a cerâmica mas as encomendas começaram a crescer, ele ficou desempregado e então passou a se dedicar inteiramente a sua arte.

Artista generoso, João transmitiu seus saberes a muita gente interessada. Uma geração inteira de artistas, hoje com projeção e reconhecimento. Suas obras integram importantes coleções de arte popular, estão expostas em galerias por todo o Brasil, também no exterior como o Museu de Cerâmica do México, foi reconhecido em concursos nacionais e internacionais e ganhou uma menção honrosa em Córdoba, Argentina. Em 2011 foi declarado Patrimônio Vivo Cultural de Alagoas. "Quando comecei esse trabalho, eu não entendia nada do barro. E fui sobrevivendo dele porque ele foi me levando. Ele quis se separar de mim, mas fomos seguindo a vida. Ele foi me ensinando”.

Fotos do Festival de Cinema da Ilha de Ferro
















 

Festival de Cinema da Ilha do ferro A Arte de Ceslo Brandão

Celso Brandão nasceu em Maceió, Alagoas, em 1951. Dedica-se há cinco décadas à fotografia e ao cinema, contabilizando atualmente mais de cinquenta documentários etnográficos e tendo participado de diversas exposições e publicações fotográficas no Brasil, Alemanha, Inglaterra, Itália e França entre as quais se destacam: Argueiro, um cisco no olho (Galeria Fotóptica, São Paulo, 1993), Canudos (Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, 2002), Memento (Casa da Aposentadoria, Penedo, 2013/IPHAN, Maceió, 2014) Canto Oculto (CAIITE, Centro de Convenções/Pinacoteca Universitária da UFAL, 2015), Boîte noire (Maison Européenne de la Photographie, Paris, França, 2016). Especialmente dedicado à fotografia em preto e branco, sua obra apresenta um olhar poético sobre temas ligados à vida, ao cotidiano e, sobretudo, às manifestações culturais do nordeste. Publicou o livro fotográfico Memento (2013), pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, e realizou exposição de mesmo título como artista homenageado pelo III Festival de Cinema Universitário de Alagoas (UFAL, Penedo, 2013) e, posteriormente, na Casa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan, Maceió, 2014). Graduado em Comunicação Visual pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais pela Universidade Candido Mendes, foi professor de fotografia nos cursos de Arquitetura e Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas por trinta anos.

















 

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Visita de Autoridades ao Evento da Consciência Negra

 Além de Apresentações ao longo do dia, o evento foi marcado tbm por visita de algumas autoridades, presenças como do governador do estado Paulo Dantas, seu vice Ronaldo Lessa e o deputado federal Paulão,  fizeram parte do cortejos e e visitaram a serra da barriga. conhecendo um pouco da cultura e história do local.