“Volta
à Seca”, de Maurício Melo Junior,
direção e encenação de Marco Antonio de Campos interpretado pelo ator Chico de
Assis comemorando 40 anos de carreira, estreou em 25 de novembro de 2016 no Teatro Deodoro em Maceió
Vencedor dos Prêmios "Lei de incentivo à Cultura - Eris Maximiano (Prefeitura Municipal de Maceió - 2015) e Fomento e Apoio a Produção Teatral (Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas - 2015).
O espetáculo surge a partir do livro “Andarilhos” lançado em 2007 do Jornalista, escritor e crítico
literário Maurício Melo Junior, que contém duas
novelas, “Caminho só de ida” e “Volta à seca”, ambas misturaram história e
invenção bem ao estilo aliciador do escritor que não nos permite deixar a
leitura antes do fim.
As duas histórias que compõe o livro
Andarilhos possibilitam, na consistente narrativa de Maurício Melo Júnior, um
mergulho em dois universos caros à história de Alagoas e à mitologia
brasileiras: as ressonâncias do cangaço justiceiro de Lampião e a pátria
Quilombola de Palmares”.
Tendo como destaque em “Volta à seca” a impecável narrativa sobre um cangaceiro de Lampião que existiu realmente, que, após cumprir 18 anos de cadeia, vai tentar uma vida decente no Rio de Janeiro, mas acaba envolvido num incidente, digamos, político.
Apresenta se ai um toque inusitado, que talvez esteja na esperança permeada na narrativa até a aproximação do final onde vira pó, ilusão, palavra “que a vida não alcança”, como escreveu Drummond no poema “Viver”, de As impurezas do branco (J. Olympio, INL, 1973).
Foto joão Ericsson
“Volta à Seca” é um
monólogo ágil, multimídia, em três quase atos em que o personagem principal, o
cangaceiro Volta Seca, deixa a prisão e procura retomar a vida “normal”. Na
montagem, existem três momentos básicos: A saída da prisão; Os momentos como
porteiro de um jornal no Rio de Janeiro; O desespero da volta ao nada.
O
espetáculo apresenta estas passagens marcadas pela mudança de figurino,
projeção de vídeos e mudanças de cenários. A casimira simples da saída da
prisão; a roupa convencional do porteiro; O traje de cangaceiro.
Foto Erick Silva
O trabalho do ator Chico de Assis, mantem uma forte carga dramática, com o personagem falando diretamente com a plateia, numa conversa franca em tom de quem desabafa. Importante observar ainda na construção do personagem, o maneirismo da fala buscando reproduzir uma época. Em nota do autor no texto o personagem Volta Seca deverá falar no ritmo do sertão, nos moldes do idioma “pedra” de João Cabral de Melo Neto.
O
texto divide algumas épocas vivenciadas pelo personagem com entradas periódicas
do locutor vai trazer um clima mais anos 60 (ao estilo repórter Esso) e algumas
projeções serão utilizadas para apoiar a ambientação.
FICHA TÉCNICA
Texto Original Maurício Melo Junior
Encenação Marco Antonio Campos
Dramaturgia Chico de Assis e Invisível Companhia de Teatro
Preparação de Atores Daniela Beny e Antonio Henrique
Trilha Sonora Original Jurandir Bozo
Arranjos Kal Lima
Adereços Mestra Vânia Oliveira
Cenografia e Figurinos Synara Holanda e Marco Antonio Campos
Designer Gráfico e
Cenotécnico Erick Silva
Texto Original Maurício Melo Junior
Encenação Marco Antonio Campos
Dramaturgia Chico de Assis e Invisível Companhia de Teatro
Preparação de Atores Daniela Beny e Antonio Henrique
Trilha Sonora Original Jurandir Bozo
Arranjos Kal Lima
Adereços Mestra Vânia Oliveira
Cenografia e Figurinos Synara Holanda e Marco Antonio Campos
Designer Gráfico e
Cenotécnico Erick Silva
Atriz Convidada Nany Moreno
Produção Executiva Patacuri - Cultura, Formação e Comunicação Afro- Ameríndio
Produção Executiva Patacuri - Cultura, Formação e Comunicação Afro- Ameríndio
Elenco Chico de Assis
Nenhum comentário:
Postar um comentário